SEBASTIÃO FERNANDES DE OLIVEIRA, FOI DIRETOR DO IFRN, NO PERÍODO DE 31 DE NOVEMBRO DE 1909 A 01 DE MAIO DE 1915
Nascido em Natal-RN,
no dia 11/03/1880, filho de Manuel Fernandes de Oliveira e Francisca
Fagundes de Oliveira, o jurista Sebastião Fernandes de Oliveira foi o primeiro
diretor da Escola de Aprendizes Artífices de Natal, tendo sido nomeado, aos 32
anos, no dia 04 de novembro de 1909.
Sebastião Fernandes
cursou humanidades no tradicional Ateneu Norte-rio-grandense. Aos 17 anos,
ingressou na Faculdade de Direito do Recife, de onde saiu bacharel aos 22 anos
de idade. Formado, iniciou sua vida profissional como promotor público da
Comarca de Mossoró, ponto de partida para toda uma existência dedicada à
magistratura, ao jornalismo, às letras e à educação.
Participou de dois
momentos ímpares na história da Escola de Aprendizes Artífices: sua instalação,
a 03 de janeiro de 1910, no prédio do antigo Hospital da Caridade, atual Casa
do Estudante de Natal, e sua transferência para o prédio da Avenida Barão do
Rio Branco, em 1914.
Ocupou vários cargos
públicos após sua saída da direção da EAA, em maio de 1915: Procurador Geral do
Estado, Juiz Distrital, Juiz de Direito, Chefe de Polícia, Secretário Geral do
Estado, Desembargador, membro do Supremo Tribunal de Justiça e Presidente da
então Corte de Apelação do Estado. Exerceu o magistério no Colégio Diocesano de
Mossoró e 7 de setembro, na mesma cidade.
Pertenceu a várias
associações lítero-culturais dentro e fora do Estado, colaborando em todos os
jornais políticos e literários de sua época: “A República”, “O Diário de
Natal”, “A Gazeta do Comércio”, “O Jornal da Manhã” entre outros.
Como poeta publicou
“Alma Deserta” livro em versos, e como jurista, “Estudos e Aplicações de
Sociologia Criminal”. Como teatrólogo, escreveu o drama histórico nacional
“Padre Miguelinho”, que lhe deu ingresso, como sócio efetivo do Instituto
Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte. Escreveu também “Entre o destino
e a morte”, episódio dramático e “Sarah”, alta comédia. Em homenagem à sua
atuação como humanista, foi escolhido patrono da Biblioteca da Unidade Sede do
CEFET-RN.
Faleceu na tarde de
21 de maio de 1941, aos 61 anos de idade.
FONTE - IFRN